Desistência de um Normal


Eu não sinto mais nada e sou tão pouco,
Que só vejo no mundo interferência,
Ela agride minh’alma, minha essência,
Neste mundo de sãos me sinto um louco.

E lá fora eles dançam a mesma dança,
Só mentindo saber os meus defeitos,
Tenho regras, mas não os meus direitos,
Tenho sonhos, mas não a esperança.

Eu não quero mais droga de farmácia,
Eu não quero dançar mais esta dança,
Não mais quero fingir que é natural.

Pois a droga não tem mais eficácia,
Pois a dança já está ultrapassada,
É mais fácil fugir, ser anormal.

Revisada em 04/10/2007

Comentário:

Repare nas tônicas nas 3ª, 6ª e 10ª sílabas poéticas em todos os versos. Geralmente me preocupo apenas com a 6ª e a 10ª, alternando a primeira tônica entre a 2ª e 3ª sílaba (dependendo das idéias que surgem), pois é chato ficar trabalhando o poema.

Contraditoriamente, não sinto um ritmo bacana quando leio este heróico. Isso demonstra que a poesia vem mais da alma, do momento e do sentimento do que da técnica. Os parnasianistas são mesmo uns chatos!

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