Mulher Calejada


Tão malvada e cruel é esta dona,
Que confusa se esconde deste jeito,
Que não quer me mostrar nenhum defeito,
Quem sou eu pra saber o que intenciona?

De dia, tal um quadro na parede,

Espera que de longe eu te contemple,
E a noite, sem mostrar o que ela sente,
Sacia a minha fome e a minha sede.

Tentando desvendar este segredo,

Eu me fecho em meu mundo em devaneios,
E concluo que ainda é muito cedo.

O tempo mostrará o fim do enredo,

O tempo acabará com seus receios,
Só ele conterá este seu medo.

Criada em 01/10/2007


Comentário:
.
A idéia deste heróico é o de mostrar um homem confuso diante de uma mulher sofrida (provavelmente por amores do passado). A antítese base se mostra no segundo quarteto, ela distante dele perante os olhos do mundo, e mesmo a noite (longe desses olhos), não se entrega completamente.

A conclusão do narrador (conclusão de "homem", e aqui um tanto insensível) é que tudo é questão de tempo. Como autor, digo que não houve tempo no formato por mim escolhido para concluir que não é o tempo que resolverá o problema em questão, mas a atitude do personagem perante a amada.

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