É sempre no final que a gente sofre,
É sempre noutro não este meu trauma,
E sempre em desespero eu perco a calma,
E é sempre deste jeito que o amor morre.
É sempre o mesmo tempo de amargura,
E sempre eu choro ao vê-lo indo embora,
Mas tempo, por ser tempo, não tem hora,
De apaziguar meu peito com ternura.
Mas vejo que agora é diferente,
Percebo que o passado foi em vão,
Pois ele não mostrou o meu presente:
De ter que terminar uma paixão,
De ter, pra alguém querido e tão carente,
Bem fria - olhar nos olhos - dizer não.
Criada em 05/10/2007
Comentário:
Sempre que escrevo um soneto na primeira pessoa, tenho 3 opções: O "personagem narrador" (existe este termo ainda?) pode ser homem, mulher ou indefinido. Neste, assim como em muitos outros que já fiz, trata-se de uma mulher.
É maravilhoso poder, no mundo da poesia, imaginar o sentimento de outras pessoas e tentar descrevê-los. Nem sempre a gente consegue, mas acho que consegui neste soneto que, desculpem-me a falta de modéstia, ficou muito bonito.
Lembro porém, que já desisti faz tempo de entender a alma feminina. Contento-me em aceitá-la como ela é, o que aliás já não é fácil.
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