Soneto da Mudança


Aqui eu tenho a minha segurança,
Meus pais, minha família, meus amigos,
Na sala tem uns quadros tão antigos,
Que lembram o meu tempo de criança.

Aqui eu não me sinto estressado,
Tem pão quentinho lá na padaria,
Revezam sempre a chuva e a calmaria,
Num ritmo constante e compassado.

Mas é tão triste ver esta rotina,
Que eu sei que nem por mim foi escolhida,
Que chega! Não mais quero! E lhe digo:

Eu vou seguir o que meu medo ensina,
Deixando para trás a simples vida,
Por algo mais incerto e com perigo.

Revisada em 19/09/2007

Um comentário:

Talles Azigon disse...

um soneto maravilhoso que é um hino, um grito, um tiro de libertação. Estarei errado? bem não importa, o importante meu amigo não são as interpretações mais sim as possibilidades de sentimentos e sensações

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