Descumplicidade

Mais um dia de fúria em minha vida
Por descrença no amor que eu defino
Com meus olhos tão tristes de menino
Como a dor que só no outro é sentida.

Falta a fé por não ver em outro rosto
Escorrer uma lágrima que seja
Quando a vida, sem medo, ela festeja,
Se esquecendo da festa o seu oposto.

Tal amor, transmitido em simples gestos
De sentir o que o outro está sentindo
De fazer o que o outro tanto espera,

Faz de mim uma parte de meus restos,
Escurece o meu sonho colorido,
Faz Outono em minha Primavera.

#byLupo - 14/05/2011 23:23

6 comentários:

Jota Brasil disse...

Se descumplicideu as cumplicidades cumplicistas não é pq acabaram os sentimentos amorzistas. Simplismente não havia amor...era na verdade...poesia?

Maria Helena disse...

Que dia maravilhoso foi escolhido por mim para lhe fazer uma visita! Será que eu escolhi o dia ou foi você que me chamou através da sintonia?
Não importa qual seja a resposta diante da beleza do seu soneto.
Bendita a dor, a angústia, a tristeza, a solidao,a cumplicidade, a descumplicidade...
Bendito o amor que fez nacer a sua poesia!
Um dos mais bonitos sonetos que você já fez!
Parabéns, meu amigo!

Maria Helena disse...

Leia-se: nascer, no comentário acima

Faa Cintra disse...

Confesso que estava sentindo falta das suas palavras... essas são lindas, mas prefiro as alegres...

te amo

Anônimo disse...

Só alegria é ilusão, e a ilusão é a raiz da infelicidade.
(Ninguém menos que Buda)

Estrela disse...

Diante das tuas palavras, tudo o que for dito, será redundante..... Apesar de tristes, lindas palavras....

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