Diz que logo o Senhor irá nascer,
E eu aqui, sem mais ter o que fazer,
Relembrando a Sua história tão sublime.
Lá na rua, tão calma e abandonada,
Fico olhando as janelas d'outras casas,
Vejo ceias, tão lindas e tão fartas,
Vejo embrulhos, presentes, rabanada.
Som ao fundo, a família então reunida,
A cantar que esta noite é bem feliz,
Mas natal só quem tem é quem tem sorte:
Sei que hoje é de bom tom cantar a vida,
Mas não posso esquecer da cicatriz,
Daquele que encarou a própria morte.
ByLupo - 21/12/2007
5 comentários:
Isso até as pessoas percebam que a maioria pobre não pode se curvar a minoria milionária. Até que o povo pare tudo e clame por uma distribuição de renda. UTOPIA? Não...é só querer
Esse Jota Brasil é dos meus, concordo plenamente, e para mim é um soco na cara quando dizem que meus ideais servem somente de alicerce para um mundo chamado utopia.
Grande Lupo, eu sempre tive dificuldade de escrever coisas sobre natal e outras datas comemorativas, pois me policiava demais, sei lá, acho que por não gostar tanto como as pessoas, acabava meio que bloqueando os sentimentos, mas você fez isso muitíssimo bem (escreveu) meu amigo, gostei muito do soneto.
Aquele abraço!
Ah Lupo, como sempre cheio de sensibilidade... Lindo o trecho "mas não posso esquecer da cicatriz daquele que encarou a própria morte". Realmente, que nesse Natal, todos se lembrem do principal, que é louvar àquele que deu sua vida por todos nós. Adoro-te. Bjão meu lindo
É, natal é um tempo muito especial de reflexão,parece mágica, mas ficamos diferentes nesta época.Belo soneto que faz com a gente pense em natal com boas idéias e principalmente ações em busca não só de consumismo, mas de solidariedade. Enfim, pode ter algo mais profundo que pensar em quem morreu por nós?
Beijos e valeu visitas e comentários...
Obrigado Jaime, Sérgio, Carol e Néia pelos comentários. A presença de vocês aqui me faz feliz!
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