Busca Infinita

Quero pouco e busco muito.
Tenho o básico, mas não tudo.
 
Preciso de armas para viver?
Vou matar a minha sêde, só por ter o que beber?
Ou descansar, por ter onde dormir?
E se eu tiver escudos, valerá a pena resistir?
 
Não! O que importa é a minha vontade de gritar!
 
Eu não quero ficar esperando!
Eu não quero mais chorar!
 
Pois um dia a casa cai,
A comida acaba,
O tempo passa,
E meu sonho... se esvai.
 
Perceberei (será tarde?) que o meu pouco não bastava
Mesmo que neste pouco existisse algo importante?
E se eu chorar por não ter mais o que alí não estava?
E se acabar, restará pelo menos o restante?
 
Para muitos nem isso resta.
O que mais de importante interessa?
 
Eu respondo:
 
O aprender de cada dia,
O sonho e a fantasia de um pobre miserável,
Que mantém a alegria ao lado da tristeza.
 
Pois viver em harmonia,
Sem ter fé e ousadia,
É difícil.
É impossível.
É lastimável.
 
by Lupo,  primeira publicação em 04/02/2004, revisada em 18/11/2010

3 comentários:

Faa Cintra disse...

Busque o que te faz bem... sempre.

Beijos
Boa quinta querido

Talles Azigon disse...

olha lá como o verso livre deixa a alma livre
e a alma livre
causa inúmeras sensações na poesia

essa encanta e sensibiliza quem lê

amei lupo

grande abraços

Fragmentos de Ser... disse...

pois ...
se a casa cair,
que caia.
mantenho a for no cabelo
quero so haja tempo
para sair.
que seja enquanto
for noite,
de ceu estrelado
assim,
pego meu cigarro,
minha garrafa de vinho
vou olhar as estrelas.
saio nua
e la fora,
perco o senso,
observo quieta,
sentada no
meu universo
de magia
que tem
o nome
poesia.

flores e cores pra ti.

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