Estou sozinho, apago a luz.
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As coisas estão desarrumadas. O ritmo do movimento frenético dos meus dedos é parecido com o da música que ouço ao fundo. Meu corpo cansado, a mente cansada, a alma... Ah! Esta não se cansa.
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Imagino por um momento a existência. Como muitos antes de mim, tento compreendê-la: O que faço aqui? Que esperança um deus poderia me dar, se nenhum deles se mostrou diante dos meus olhos? Morte, fim da vida. Vida, começo da morte. Existência. Vida. Ilusão. Estou devaneando.
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Procuro então pensar nos momentos de alegria.
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Nesses momentos, não penso na existência, mas às vezes penso em você. Pensar em você é para mim mais do que pensar na existência – ou na falta dela. Nestes momentos, eu existo. Vivo.
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Mas sem querer penso na possibilidade de um dia você não existir, mas... Você existe? O que é você se não uma lembrança que passa, e volta, e torna a passar? Olhos, boca, corpo, som, cheiro, sentido, palavra e esperança. Tudo existe - dentro de mim. Você, dentro de mim. Para mim, você só existe se eu existo.
Mas sem querer penso na possibilidade de um dia você não existir, mas... Você existe? O que é você se não uma lembrança que passa, e volta, e torna a passar? Olhos, boca, corpo, som, cheiro, sentido, palavra e esperança. Tudo existe - dentro de mim. Você, dentro de mim. Para mim, você só existe se eu existo.
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Aceitar a minha existência é a mais pura definição do amor.
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Estou sozinho, mas com você. Acendo a luz.
Estou sozinho, mas com você. Acendo a luz.
Revisado em 23/09/2007
2 comentários:
e essa sensação de estar só quanto se estar na multidão ou mais especificamente quando se estar acompanhado por um alguém. por onde foi que essa alma voou? quais as perturbações que ela sofreu para chegar a essas conclusões.
nota: até no verso livre você é organizado, isso gera uma estécia limpa e impressionate
Oi
Gosto muito deste texto poético e reflexivo que fala de vida, sentimentos, busca e entendimentos.
Acho que a grande graça em viver é o mistério que a vida todos os dias nos presenteia. Nos dá existência e mesmo que a gente não entenda alguns caminhos, sabemos que percurso é necessário, longo, difícil e às vezes sofrido.Caminhar é preciso, viver também, se der pra ser feliz que legal, se não, continuamos a caminhada pois continuamos a existir. Muito lindo teu texto... Adeus relatórios...
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